No dia 5 de Julho, quinta-feira, juntei-me ao grupo Acção Directa para uma iniciativa cultural pela abolição da tourada em Portugal, mesmo em frente ao Campo Pequeno, em Lisboa. Fui dizer poesia. Sobre a acção, escrevi um artigo para a Revista Caliban, onde expus as motivações do encontro e o porquê de eu defender a abolição desta prática bárbara. Quanto a isso, não me vou alongar por aqui, pois já escrevi bastante sobre o assunto. Gostaria, sim, de deixar um eco de esperança pelo que aconteceu na manifestação, mesmo que, no dia 6, o projecto de lei do PAN em defesa da abolição da tourada tenha sido chumbado no Parlamento. Por mais que insistam em legitimar esta prática, nós sabemos que é uma questão de tempo até este ciclo de tortura terminar. Somos cada vez mais, os defensores da abolição. E temos cada vez mais força. Porque movemo-nos pela beleza, pela verdadeira cultura, pela arte. Movemo-nos pelo amor aos animais, à Humanidade, à Terra. E um touro a sangrar numa arena será sempre incompatível com o projecto de futuro que vislumbramos para a sociedade.
Foto por: Tâm Dai